Utilizar muitas interfaces é uma má prática de programação?

Não necessariamente. Utilizar interfaces é uma prática comum e recomendada na programação orientada a objetos. As interfaces ajudam a separar a implementação de uma classe de sua interface pública, permitindo maior flexibilidade e reutilização de código.

No entanto, é importante ter em mente que o uso excessivo de interfaces pode levar a complicações desnecessárias. Se uma classe implementa muitas interfaces, isso pode tornar seu código mais complexo, difícil de entender e manter.

Portanto, é melhor seguir princípios de design como o princípio SOLID (Single Responsibility, Open-Closed, Liskov Substitution, Interface Segregation e Dependency Inversion) para determinar quantas interfaces uma classe deve implementar. O princípio Interface Segregation, em particular, sugere que as interfaces devem ser coesas e focadas em uma única responsabilidade.

Por exemplo, vamos considerar um cenário em que temos uma interface chamada “ISendable” que define o método “send” e uma classe chamada “Email” que implementa essa interface. Se houver um caso de uso em que apenas essa classe precise implementar o método “send”, é adequado usar a interface. No entanto, se existirem outras classes que não precisam do método “send”, seria aconselhável criar uma interface separada específica para essas classes.

Em resumo, o uso de interfaces é uma prática recomendada, mas é importante usá-las com bom senso, mantendo-as coesas e focadas em uma única responsabilidade.