Quais as diferenças entre Injeção de Dependência e Inversão de Controle?

A Injeção de Dependência (DI) e a Inversão de Controle (IoC) são dois conceitos relacionados ao desenvolvimento de software, mas têm propósitos diferentes.

A Inversão de Controle refere-se a um princípio de design onde a responsabilidade de controle de fluxo é transferida de uma classe ou componente para outro. Em vez de uma classe decidir o que fazer e quando fazer, é delegado a outra classe essa decisão. Esse princípio facilita a flexibilidade, extensibilidade e testabilidade do código, uma vez que a dependência é removida das classes que a utilizam.

A Injeção de Dependência é uma técnica específica para implementar a Inversão de Controle, na qual as dependências necessárias por uma classe são explicitamente fornecidas por uma fonte externa, em vez de serem criadas internamente pela própria classe. Em outras palavras, em vez de uma classe criar e controlar suas próprias dependências, ela recebe-as de uma fonte externa.

Um exemplo para entender melhor: imagine uma classe A que precisa usar uma classe B para realizar uma determinada funcionalidade. Em vez de a própria classe A criar uma instância da classe B, a instância da classe B pode ser fornecida à classe A por meio da injeção de dependência. Isso pode ser feito através de um construtor, método ou propriedade da classe A.

A principal diferença entre Injeção de Dependência e Inversão de Controle está no âmbito de aplicação. A Inversão de Controle é um conceito mais amplo que abrange diferentes técnicas, sendo a Injeção de Dependência uma delas. Enquanto a Inversão de Controle estabelece um paradigma de design, a Injeção de Dependência é uma técnica específica para implementar esse paradigma.

Em resumo, a Inversão de Controle é um conceito mais amplo que reorganiza o fluxo de controle em um sistema, enquanto a Injeção de Dependência é uma técnica específica para remover a responsabilidade de criar e controlar dependências de uma classe. Ambas são ferramentas úteis para criar sistemas mais flexíveis, extensíveis e testáveis.